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Alameda



Todos somos cegos aqui nesse luar

Me mostre os teus olhos pra saída enxergar

Todos somos filhos da manhã que já brilhou

Perdidos em abismos que a noite nunca contou

Rasga o véu desse céu, liberta essa prisão de papel

Todos somos netos de um sol que já se pôs

Me tragam novas flores para as cores do depois

Somos a mentira na cortina da verdade

O falso vestido despido dos teus olhos

Que me cegam, da tua boca que me cala

Do teu corpo que me queima

Nessa voz calada


Maurício Franke



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